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Mas Ega sabia tudo, pelos tios... Ora uma noite tinham ceiado ambos; Ega muito bebedo, e n'um accesso de idealismo, lançara-se n'um paradoxo tremendo, condemnando a honestidade das mulheres como origem da decadencia das raças: e dava por prova os bastardos, sempre intelligentes, bravos, gloriosos! Elle, Ega, teria orgulho se sua mãe, sua propria mãe, em logar de ser a santa burgueza que resava o terço á lareira, fosse como a mãe de Carlos, uma inspirada, que por amor d'um exilado abandonara fortuna, respeitos, honra, vida! Carlos, ao ouvir isto, ficara petrificado, no meio da ponte, sob o calmo luar.

Mas não poude interrogar o Ega, que já taramellava, agoniado, e que não tardou a vomitar-

lhe ignobilmente nos braços. Teve de o arrastar á casa das Seixas, despil-o, aturar-lhe os beijos e a ternura borracha, até que o deixou abraçado ao travesseiro, babando-se, balbuciando - «que queria ser bastardo, que queria que a mamã fosse uma marafona!...»

E elle mal podera dormir essa noite, com a idéa d'aquella mãe, tão outra do que lhe haviam contado, fugindo nos braços d'um desterrado - um polaco talvez! Ao outro dia, cedo, entrava pelo quarto do Ega, a pedir-lhe, pela sua grande amisade, a verdade toda...

Pobre Ega! Estava doente: fez-se branco como o lenço que tinha amarrado na cabeça com pannos de agua sedativa: e não achava uma palavra, coitado! Carlos, sentado na cama, como nas noites de cavaco, tranquillisou-o. Não vinha alli offendido, vinha alli curioso!

Tinham-lhe occultado um episodio extraordinario da sua gente, que diabo, queria sabel-o!

Havia romance? Para alli o romance!

Ega, então, lá ganhou animo, lá balbuciou a sua historia - a que ouvira ao tio Ega - a paixão de Maria por um principe, a fuga, o longo silencio d'annos que se fizera sobre ella...

Justamente as ferias chegavam. Apenas em Sta. Olavia, Carlos contou ao avô a bebedeira do Ega, os seus discursos doidos, aquella revelação vinda entre arrotos. Pobre avô! Um momento nem poude fallar - e a voz por fim veiu-lhe tão debil e dolente como se dentro do peito lhe estivesse morrendo o coração. Mas narrou-lhe, detalhe a detalhe, o feio romance todo até áquella tarde em que Pedro lhe apparecera, livido, coberto de lama, a cahir-lhe nos braços, chorando a sua dôr com a fraqueza d'uma creança. - E o desfecho d'esse amor culpado, accrescentara o avô, fôra a morte da mãe em Vienna d'Austria, e a morte da pequenita, da neta que elle nunca vira, e que a Monforte levara... E eis ahi tudo. E

assim, aquella vergonha domestica estava agora enterrada, alli, no jazigo de Sta. Olavia, e em duas sepulturas distantes, em paiz estrangeiro...

Carlos recordava-se bem que n'essa tarde, depois da melancolica conversa com o avô, devia elle experimentar uma egoa ingleza: e ao jantar não se fallou senão da egoa que se chamava Sultana. E a verdade era que d'ahi a dias tinha esquecido a mamã. Nem lhe era possivel sentir por esta tragedia senão um interesse vago e como litterario. Isso passara-se havia vinte e tantos annos, n'uma sociedade quasi desapparecida. Era como o episodio historico de uma velha chronica de familia, um antepassado morto em Alcacer-Kebir, ou uma das suas avós dormindo n'um leito real. Aquillo não lhe dera uma lagrima, não lhe pozera um rubor na face. De certo, prefiriria poder orgulhar-se de sua mãe, como d'uma rara e nobre flôr de honra: mas não podia ficar toda a vida a amargurar-se com os seus erros. E porque? A sua honra d'elle não dependia dos impulsos falsos ou torpes que tivera o coração d'ella. Peccara, morrera, acabou-se. Restava, sim, aquella idéa do pae, findando n'uma poça de sangue, no desespero d'essa traição. Mas não conhecera seu pae: tudo o que possuia d'elle e da sua memoria, para amar, era uma fria tela mal pintada, pendurada no quarto de vestir, representando um moço moreno, de grandes olhos, com luvas de camurça amarellas e um chicote na mão... De sua mãe não ficara nem um daguerreotypo, nem sequer um contorno a lapis. O avô tinha-lhe dito que era loura. Não sabia mais nada. Não os conhecera; não lhes dormira nos braços; nunca recebera o calor da sua ternura. Pae, mãe, eram para elle como symbolos d'um culto convencional. O papá, a mamã, os seres amados, estavam alli todos - no avô.

Baptista trouxera o chá, o charuto do Alencar acabara; - e elle continuava na chaiselongue, como amollecido n'estas recordações, e cedendo já, n'um meio adormecimento, á fadiga do longo jantar... E então, pouco a pouco, diante das suas palpebras cerradas, uma

visão surgiu, tomou côr, encheu todo o aposento. Sobre o rio, a tarde morria n'uma paz elysia. O peristillo do Hotel Central alargava-se, claro ainda. Um preto grisalho vinha, com uma cadelinha no collo. Uma mulher passava, alta, com uma carnação eburnea, bella como uma Deusa, n'um casaco de velludo branco de Genova. O Craft dizia ao seu lado très-chic.

E elle sorria, no encanto que lhe davam estas imagens, tomando o relevo, a linha ondeante, e a coloração de cousas vivas.

Eram tres horas quando se deitou. E apenas adormecera, na escuridão dos cortinados de seda, outra vez um bello dia de inverno morria sem uma aragem, banhado de côr de rosa: o banal peristillo de Hotel alargava-se, claro ainda na tarde; o escudeiro preto voltava, com a cadellinha nos braços; uma mulher passava, com um casaco de velludo branco de Genova, mais alta que uma creatura humana, caminhando sobre nuvens, com um grande ar de Juno que remonta ao Olympo: a ponta dos seus sapatos de verniz enterrava-se na luz do azul, por trás as saias batiam-lhe como bandeiras ao vento. E passava sempre... O Craft dizia très-chic. Depois tudo se confundia, e era só o Alencar, um Alencar colossal, enchendo todo o céu, tapando o brilho das estrellas com a sua sobrecasaca negra e mal feita, os bigodes esvoaçando ao vendaval das paixões, alçando os braços, clamando no espaço: Abril chegou, sê minha!

VII

No Ramalhete, depois do almoço, com as tres janellas do escriptorio abertas bebendo a tepida luz do bello dia de março, Affonso da Maia e Craft jogavam uma partida de xadrez ao pé da chaminé já sem lume, agora cheia de plantas, fresca e festiva como um altar domestico. N'uma facha obliqua de sol, sobre o tapete, o Reverendo Bonifacio, enorme e fôfo, dormia de leve a sua sesta.

Craft tornara-se, em poucas semanas, intimo no Ramalhete. Carlos e elle, tendo muitas similitudes de gosto e de idéas, o mesmo fervor pelo bric-a-brac e pelo bibelot, o uso apaixonado da esgrima, egual dillettantismo d'espirito, uniram-se immediatamente em relações de superficie, faceis e amaveis. Affonso, por seu lado começara logo a sentir uma estima elevada por aquelle gentleman de boa raça ingleza, como elle os admirava, cultivado e forte, de maneiras graves, de habitos rijos, sentindo finamente e pensando com rectidão.

Tinham-se encontrado ambos enthusiastas de Tacito, de Macaulay, de Burke, e até dos poetas lakistas; Craft era grande no xadrez; o seu carater ganhara nas longas e trabalhadas viagens a rica solidez d'um bronze; para Affonso da Maia «aquillo era deveras um homem». Craft, madrugador, sahia cedo dos Olivaes a cavallo, e vinha assim ás vezes almoçar de surpreza com os Maias; por vontade de Affonso jantaria lá sempre; - mas ao menos as noites passava-as invariavelmente no Ramalhete, tendo emfim, como elle dizia, encontrado em Lisboa um recanto onde se podia conversar bem sentado, no meio de idéas, e com boa educação.

Carlos sahia pouco de casa. Trabalhava no seu livro. Aquella revoada de clientella que lhe dera esperanças d'uma carreira cheia, activa, tinha passado miseravelmente, sem se

fixar; restavam-lhe tres doentes no bairro; e sentia agora que as suas carruagens, os cavallos, o Ramalhete, os habitos de luxo, o condemnavam irremediavelmente ao dillettantismo. Já o fino dr. Theodosio lhe dissera um dia, francamente: «você é muito elegante p'ra medico! As suas doentes, fatalmente, fazem-lhe olho! Quem é o burguez que lhe vae confiar a esposa dentro d'uma alcova?... Você aterra o pater-familias!» O

laboratorio mesmo prejudicara-o. Os collegas diziam que o Maia, rico, intelligente, avido de innovações, de modernismos, fazia sobre os doentes experiencias fataes. Tinha-se troçado muito a sua idéa, apresentada na Gazeta Medica, a prevenção das epidemias pela inoculação dos virus. Consideravam-no um phantasista. E elle, então, refugiava-se todo n'esse livro sobre a medicina antiga e moderna, o seu livro, trabalhado com vagares d'artista rico, tornando-se o interesse intellectual de um ou dous annos.

N'essa manhã, em quanto dentro proseguia grave e silenciosa a partida de xadrez, Carlos no terrasso, estendido n'uma vasta cadeira india de bambu, á sombra do toldo, acabava o seu charuto, lendo uma Revista ingleza, banhado pela caricia tepida d'aquelle bafo de primavera que avelludava o ar, fazia já desejar arvores e relvas...

Ao lado d'elle, n'uma outra cadeira de bambu, tambem de charuto na boca, o sr. Damaso Salcede percorria o Figaro. De perna estirada, n'uma indolencia familiar, tendo o amigo Carlos ao seu lado, vendo junto ao terrasso as rosas das roseiras de Affonso, sentindo por trás, atravez das janellas abertas, o rico e nobre interior do Ramalhete - o filho do agiota saboreava alli uma d'essas horas deliciosas que ultimamente encontrava na intimidade dos Maias.

Logo na manhã seguinte ao jantar do Central, o sr. Salcede fôra ao Ramalhete deixar os seus bilhetes, objectos complicados e vistosos, tendo ao angulo, n'uma dobra simulada, o seu retratosinho em photographia, um capacete com plumas por cima do nome - DAMASO

CANDIDO DE SALCEDE, por baixo as suas honras - COMMENDADOR DE CHRISTO, ao fundo a sua adresse – Rua de S. Domingos, á Lapa; mas esta indicação estava riscada, e ao lado, a tinta azul, esta outra mais apparatosa - GRAND HOTEL, BOULEVARD DES

CAPUCINES, CHAMBRE N.º l03. Em seguida procurou Carlos no consultorio, confiou ao creado outro cartão. Emfim, uma tarde, no Aterro, vendo passar Carlos a pé, correu para elle, pendurou-se d'elle, conseguiu acompanhal-o ao Ramalhete.

Ahi, logo desde o pateo, rompeu em admirações extaticas, como dentro d'um museu, lançando, diante dos tapetes, das faienças e dos quadros, a sua grande phrase - «chic a valer!» Carlos levou-o para o fumoir, elle aceitou um charuto; e começou a explicar, de perna traçada, algumas das suas opiniões e alguns dos seus gostos. Considerava Lisboa chinfrin, e só estava bem em Paris - sobre tudo por causa do genero «femea» de que em Lisboa se passavam fomes: ainda que n'esse ponto a Providencia não o tratava mal. Gostava tambem do bric-a-brac; mas apanhava-se muita espiga, e as cadeiras antigas, por exemplo, não lhe pareciam commodas para a gente se sentar. A leitura entretinha-o, e ninguem o pilhava sem livros á cabeceira da cama; ultimamente andava ás voltas com Daudet, que lhe diziam ser muito chic, mas elle achava-o confusote. Em rapaz perdia sempre as noites, até ás quatro ou cinco da madrugada, no delirio! Agora não, estava mudado e pacato; emfim, não dizia que de vez em quando não se abandonasse a um excessozinho; mas só em dias duples... E as suas perguntas foram terriveis. O sr. Maia achava chic ter um cab inglez?

Qual era mais elegante, assim para um rapaz de sociedade que quizesse ir passar o verão lá fóra, Nice ou Trouville?... Depois ao sahir, muito serio, quasi commovido, perguntou ao sr.

Maia (se o sr.Maia não fazia segredo) quem era o seu alfaiate.

E desde esse dia, não o deixou mais. Se Carlos apparecia no theatro, Damaso immediatamente arrancava-se da sua cadeira, ás vezes na solemnidade d'uma bella aria, e pisando os botins dos cavalheiros, amarrotando a compostura das damas, abalava, abria d'estalo a claque, vinha-se installar na frisa, ao lado de Carlos, com a bochecha corada, camelia na casaca, exhibindo os botões de punho que eram duas enormes bolas. Uma ou duas vezes que Carlos entrara casualmente no Gremio, Damaso abandonou logo a partida, indifferente á indignação dos parceiros, para se vir collar á ilharga do Maia, offerecer-lhe marrasquino ou charutos, seguil-o de sala em sala como um rafeiro. N'uma d'essas occasiões, tendo Carlos soltado um trivial gracejo, eis o Damaso rompendo em risadas soluçantes, rebolando-se pelos sophás, com as mãos nas ilhargas, a gritar que rebentava! Juntaram-se socios; elle, suffocado, repetia a pilheria; Carlos fugiu vexado.

Chegou a odial-o; respondia-lhe só com monossyllabos; dava voltas perigosas com o dog-cart se lhe avistava de longe a bochecha, a coxa roliça. Debalde: Damaso Candido Salcede filara-o, e para sempre.

Depois, um dia, Taveira appareceu no Ramalhete com uma extraordinaria historia. Na vespera, no Gremio (tinham-lhe contado, elle não presenceara) um sujeito, um Gomes, n'um grupo onde se commentavam os Maias, erguera a voz, exclamara que Carlos era um asno! Damaso, que estava ao lado mergulhado na Illustração, levantou-se, muito pallido, declarou que, tendo a honra de ser amigo do sr. Carlos da Maia, quebrava a cara com a bengala ao sr. Gomes se elle ousasse babujar outra vez esse cavalheiro; e o sr. Gomes tragou, com os olhos no chão, a affronta, por ser rachitico de nascença - e porque era inquilino de Damaso e andava muito atrasado na renda. Affonso da Maia achou este feito brilhante: e foi por desejo seu que Carlos trouxe o sr. Salcede uma tarde a jantar ao Ramalhete.

Este dia pareceu bello a Damaso como se fosse feito de azul e oiro. Mas melhor ainda foi a manhã em que Carlos, um pouco incommodado e ainda deitado, o recebeu no quarto, como entre rapazes... D'ahi datava a sua intimidade: começou a tratar Carlos por você.

Depois, n'essa semana, revelou aptidões uteis. Foi despachar á alfandega (Villaça achava-se no Alemtejo) um caixote de roupa para Carlos. Tendo apparecido n'um momento em que Carlos copiava um artigo para a Gazeta Medica offereceu a sua boa letra, letra prodigiosa, de uma belleza lithographica; e d'ahi por diante passava horas á banca de Carlos, applicado e vermelho, com a ponta da lingua de fóra, o olho redondo, copiando apontamentos, transcripções de Revistas, materiaes para o livro... Tanta dedicação merecia um tu de familiaridade. Carlos deu-lh'o.

Damaso, no entanto, imitava o Maia com uma minuciosidade inquieta, desde a barba que começava agora a deixar crescer até á forma dos sapatos. Lançara-se no bric-a-brac.

Trazia sempre o coupé cheio de lixos archeologicos, ferragens velhas, um bocado de tijolo, a aza rachada de um bule... E se avistava um conhecido, fazia parar, entreabria a portinhola como um addito de sacrario, exhibia a preciosidade:

- Que te parece? Chic a valer!... Vou mostral-a ao Maia. Olha-me isto, hein! Pura meia edade, do reinado de Luiz XIV. O Carlos vae-se roer de inveja!

N'esta intimidade de rosas havia todavia para Damaso horas pesadas. Não era divertido assistir em silencio, do fundo d'uma poltrona, ás infindaveis discussões de Carlos e de Craft sobre arte e sobre sciencia. E, como elle confessou depois, chegara a encavacar um pouco quando o levaram ao laboratorio para fazer no seu corpo experiencias de electricidade... -

«Pareciam dois demonios engalphinhados em mim, disse elle á sr.ª condessa de Gouvarinho; e eu então que embirro com o spiritismo!...»

Mas tudo isto ficava regiamente compensado, quando á noite, n'um sophá do Gremio, ou ao chá n'uma casa amiga, elle podia dizer, correndo a mão pelo cabello:

- Passei hoje um dia divino com o Maia. Fizemos armas, bric-a-brac, discutimos... Um dia, chic! Ámanhã tenho uma manhã de trabalho com o Maia... Vamos ás colxas.

N'esse domingo, justamente, deviam ir ás colxas, ao Lumiar. Carlos concebera um boudoir, todo revestido de colxas antigas de setim, bordadas a dous tons especiaes, perola e botão d'ouro. O tio Abrahão esquadrinhava-as por toda a Lisboa e pelos suburbios; e n'essa manhã viera annunciar a Carlos a existencia de duas preciosidades, so beautiful! oh!

so lovely! em casa de umas senhoras Medeiros que esperavam o sr. Maia ás duas horas...

Já tres vezes Damaso tossira, olhara o relogio, - mas, vendo Carlos confortavelmente mergulhado na Revista, recahia tambem na sua indolencia de homem chic, investigando o Figaro. Emfim, dentro, o relogio Luiz XV cantou argentinamente as duas...

- Esta é boa, exclamou Damaso ao mesmo tempo, com uma palmada na coxa. Olha quem aqui me apparece! A Suzanna! A minha Suzanna!

Carlos não despegara os olhos da pagina.

- Oh Carlos, accrescentou elle, fazes favor? Ouve. Ouve esta que é boa. Esta Suzanna é uma pequena que eu tive em Paris... Um romance! Apaixonou-se por mim, quiz-se envenenar, o diabo!... Pois diz aqui o Figaro que debutou nas Folies-Bergeres. Falla n'ella...

É boa, hein? E era rapariguita chic... E o Figaro diz que ella teve aventuras, naturalmente sabia o que se passou comigo... Todo o mundo sabia em Paris. Ora a Suzanna!... Tinha bonitas pernas. E custou-me a vêr livre d'ella!

- Mulheres! murmurou Carlos, refugiando-se mais no fundo da Revista.

Are sens