A prolongação daquele incidente amoroso tornava-se uma perturbação na sua vida prática. . E, agora que a aventura tomava um aspeto secante, convinha passar o pé!
A porta abriu-se e o Visconde Reinaldo entrou — afogueado, de lunetas azuis, furioso.
Vinha de Benfica! Morto, absolutamente morto com aquele calor, de um país de negros. Tivera a estúpida ideia de ir visitar uma tia — que o fizera logo membro de uma associação para não sei que diabo de que creche, e que lhe pregara moral! Também, que ideia de colegial — ir visitar a tia! Porque realmente, se havia uma coisa que lhe causasse repugnância, eram as ternuras de família!
—
E tu, que queres tu? Eu vou-me meter num banho até ao jantar!
—
Sabes o que me sucede? — disse Basílio, erguendo-se.
—
O quê?
—
Imagina. O caso mais estúpido.
—
O marido apanhou-te?
—
Não, a criada!
—
Shocking! — exclamou Reinaldo com nojo.
Basílio contou miudamente "o caso". E cruzando os braços diante dele:
—
E agora?
—
Agora é safar-te! E levantou-se.
—
Onde vais tu?
—
Vou ao banho.
Que esperasse, que diabo; queria falar com ele..
—
Não posso! — exclamou Reinaldo com um egoísmo frenético. Vem tu cá abaixo! Posso perfeitamente conversar na água!
Saiu, berrando por William, o seu criado inglês.
Quando Basílio desceu aos banhos, Reinaldo estirado com voluptuosidade na tina, de onde saía um forte cheiro de água de Lubin, exclamou, deleitando-se no seu conforto:
—
Então cartinha apanhada nos papéis sujos!
—
Não, Reinaldo, mas francamente estou embaraçado; que achas tu que eu faça?
—
As malas, menino!
E sentado na tina, ensaboando devagar o seu corpo magro:
—
Aí está o que é fazer amor às primas da Patriarcal Queimada!