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Declarou todavia imoral semelhante ideia.

Imoral, por quê?

Luísa falou vagamente nos deveres, na religião. Mas os deveres irritavam Lepoldina. Se havia uma coisa que a fizesse sair de si — dizia — era ouvir falar em deveres!...

Deveres? Para com quem? Para um maroto como meu marido?

Calou-se, e passeando pela sala excitada:

E em quanto à religião, histórias! A mim me dizia o Pe, Estêvão, o de luneta, que tem os dentes bonitos, que me dava todas as absolvições, se eu fosse com ele a Carriche!

Ah, os padres. . — murmurou Luísa.

Os padres quê? São a religião! Nunca vi outra. Deus, esse, minha rica, está longe, não se ocupa do que fazem as mulheres.

Luísa achava horrível aquele modo de pensar. A felicidade, a verdadeira, segundo ela, era ser honesta. .

E a bisca em família! — resmungou Leopoldina, com ódio.

Luísa disse, animada:

Pois olha que com as tuas paixões, umas atrás das outras. .

Leopoldina estacou:

O quê?

Não te podem fazer feliz!

Está claro que não! — exclamou a outra. — Mas... — procurou a palavra; não a quis empregar decerto; disse apenas com um tom seco: —

Divertem-me!

Calaram-se. Luísa pediu o café.

Juliana entrou com a bandeja, trouxe luz; daí a pouco foram para a sala.

Sabes quem me falou ontem de ti? — disse Leopoldina, indo estender-se no divã,

Quem?

O Castro.

Que Castro?

O de óculos, o banqueiro.

Are sens

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