Que outras?
E toda escandalizada:
—
Ah! É demais! Adeus!
Ia sair.
—
Vais-te, Luísa?
—
Vou. É melhor acabarmos por uma vez..
Ele segurou o fecho da porta rapidamente.
—
Falas sério, Luísa?
—
Decerto. Estou farta!
—
Bem. Adeus.
Abriu a porta para a deixar passar, curvou-se silenciosamente. Ela deu um passo, e Basílio com a voz um pouco trémula:
—
Então, é para sempre? Nunca mais?
Luísa parou, branca. Aquela triste palavra nunca mais deu-lhe uma saudade, uma comoção. Rompeu a chorar.
As lágrimas tornavam-na sempre mais linda. Parecia tão dolorida, tão frágil, tão desamparada!. .
Basílio caiu-lhe aos pés; tinha também os olhos húmidos.
—
Se tu me deixares, morro!
Os seus lábios uniram-se num beijo profundo, longo, penetrante. A excitação dos nervos deu-lhes momentaneamente a sinceridade da paixão; e foi uma manhã deliciosa.
Ela prendia-o nos braços nus, pálida como cera, balbuciava:
—
Não me deixes nunca, não?
—
Juro-to! Nunca, meu amor!
Mas fazia-se tarde; era necessário ir-se! E a mesma ideia decerto acudiu-lhes
— porque se olharam avidamente, e Basílio murmurou:
—
Se pudesses aqui passar a noite! Ela disse aterrada, quase suplicante:
—
Oh! Não me tentes, não me tentes... Basílio suspirou, disse:
—
Não, é uma tolice. Vai.
Luísa começou a arranjar-se, à pressa. E de repente, parando, com um sorriso:
—
Sabes tu uma coisa?
—
O quê, meu amor?
—
Estou a cair com fome! Não almocei nada, estou a cair! Ele ficou desolado:
—
Coitadinha, minha pobre filha! Se eu soubesse. .
—
Que horas são, filho?
Basílio viu o relógio; disse quase envergonhado: