Mas muito bem conservado! — E os olhos luziam-lhe. uma mulher muito feliz!
—
Muito. .
—
Um homem de apetecer! — suspirou D. Felicidade. E Luísa então:
—
Tu esperas um instantinho? Vou lá dentro e volto já.
—
Vai, filha, vai.
Luísa correu ao escritório, direita ao sarcófago. Estava vazio! E a carta dela, Santo Deus? Chamou logo Juliana, aterrada.
—
Você despejou o caixão dos papéis?
—
Despejei, sim, minha senhora — respondeu muito tranquilamente. E
com interesse:
—
Por quê, perdeu-se algum papel? Luísa fazia-se pálida.
—
Foi um papel que eu atirei para o caixão. Onde o despejou você?
—
No barril do lixo, como é costume, minha senhora; imaginei que nada servia...
—
Ah! Deixe ver!
Subiu rapidamente à cozinha. Juliana atrás, ia dizendo:
—
Ora esta! Pois ainda não há cinco minutos! O caixão estava mais cheio...
Andei a dar uma arrumadela no escritório. . Valha-me Deus, se a senhora tem dito. .
Mas o barril do lixo estava vazio, Joana tinha-o ido despejar abaixo naquele instantinho; e vendo a inquietação de Luísa:
—
Por quê, perdeu-se alguma coisa?
—
Um papel — disse Luísa, que olhava em redor, pelo chão, muito branca.
—
Iam uns poucos de papéis, minha senhora — disse a rapariga —, eu deitei tudo ao despejo.
—
Podia ter ficado algum caído por fora, Sra. Joana — lembrou timidamente Juliana.
—
Vá ver, vá ver, Joana — acudiu Luísa com uma esperança. Juliana parecia aflita:
—
Jesus, senhor! Eu podia lá adivinhar! Mas para que não disse a senhora?. .