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105. Sétima classe. ESPÍRITOS NEUTROS — Estes não são nem bastante bons para fazer o bem, nem bastante maus para fazer o mal; pendem tanto para um como para o outro e não ultrapassam a condição comum da humanidade, seja para a moral, seja para a inteligência. Apegam-se às coisas deste mundo, dentre as quais eles sentem falta das grosseiras alegrias.

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106. Sexta classe. ESPÍRITOS BATEDORES E PERTURBADORES — Propriamente falando, estes Espíritos não formam uma classe separada quanto às suas qualidades pessoais; eles podem pertencer a todas as classes da terceira ordem. Geralmente manifestam sua presença por efeitos sensíveis e físicos, tais como pancadas, movimento e deslocamento anormal de corpos sólidos, agitação do ar etc. Mais do que outros, parecem apegados à matéria; parecem ser os agentes principais das alterações dos elementos do globo — seja agindo sobre o ar, a água, o fogo e os corpos duros, ou nas entranhas da Terra.

Reconhece-se que esses fenômenos não surgem de uma causa fortuita ou física, ao passo que eles têm um caráter intencional e inteligente. Todos os Espíritos podem produzir tais fenômenos, mas os Espíritos elevados normalmente deixam esses fenômenos entre as atribuições dos Espíritos subordinados, que são mais aptos para as coisas materiais do que para as coisas inteligentes. Quando julgam as manifestações desse gênero são uteis, eles se servem desses Espíritos como auxiliares.

SEGUNDA ORDEM — BONS ESPÍRITOS

107. Características gerais — Predominância do espírito sobre a matéria;

desejo do bem. Suas qualidades e seu poder de fazer o bem são proporcionais ao grau de adiantamento que tenham alcançado; uns têm a ciência, outros a sabedoria e a bondade; os mais avançados reúnem o saber às qualidades morais. Não estando ainda completamente desmaterializados, conforme sua categoria, eles conservam mais ou menos os traços da existência corporal, assim na forma da linguagem como nos seus hábitos, entre os quais se encontram mesmo algumas de suas manias; de outro modo, eles seriam Espíritos perfeitos.

Compreendem Deus e o infinito e já gozam da felicidade dos bons. São felizes pelo bem que fazem e pelo mal que impedem. O amor que os une é para eles a fonte de uma indescritível felicidade que não é alterada nem pela inveja, nem pelos remorsos, nem por nenhuma das más paixões que são o tormento dos Espíritos imperfeitos. Mas todos ainda têm que passar por

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provas, até que atinjam a perfeição absoluta.

Como Espíritos, eles inspiram bons pensamentos, desviam os homens da senda do mal, protegem na vida aqueles que se mostram dignos dessa proteção e neutralizam a influência dos Espíritos imperfeitos naqueles que não se comprazem em se submeterem a ela.

Dentre estes, os que estão encarnados são bondosos e benevolentes para com os seus semelhantes; não são movidos nem pelo orgulho, nem pelo egoísmo, nem pela ambição; não experimentam nem o ódio, nem o rancor, nem a inveja e nem o ciúme; eles fazem o bem pelo bem.

A esta ordem pertencem os Espíritos designados nas crenças comuns pelos nomes de bons gênios, gênios protetores, Espíritos do bem. Em épocas de superstições e de ignorância, eles são tomados como divindades benfeitoras.

Podemos dividi-los em quatro grupos principais:

108. Quinta classe. ESPÍRITOS BENEVOLENTES — Sua qualidade dominante é a bondade; eles se alegram em prestar serviço aos homens e lhes proteger, porém seu saber é limitado: seu progresso é mais desenvolvido no sentido moral do que no sentido intelectual.

109. Quarta classe. ESPÍRITOS INSTRUÍDOS — O que principalmente os distingue é a amplitude de seus conhecimentos. Estes se preocupam menos com as questões morais do que com as questões científicas, para as quais eles têm maior aptidão; entretanto, só encaram a ciência do ponto de vista da sua utilidade e jamais dominados por quaisquer paixões que são próprias dos Espíritos imperfeitos.

110. Terceira classe. ESPÍRITOS SÁBIOS — As qualidades morais da ordem mais elevada formam seu caráter distintivo. Sem possuírem conhecimentos ilimitados, eles são dotados de uma capacidade intelectual que lhes permite um julgamento correto a respeito dos homens e das coisas.

111. Segunda classe. ESPÍRITOS SUPERIORES — Eles reúnem a ciência, a sabedoria e a bondade. Sua linguagem só exala benevolência; é uma

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linguagem constantemente digna, elevada e por vezes sublime. Sua superioridade lhes torna mais aptos do que os outros a nos dar noções mais justas sobre as coisas do mundo incorpóreo, dentro dos limites do que é permitido ao homem saber. Comunicam-se voluntariamente com aqueles que procuram a verdade de boa-fé e cuja alma já está bastante desprendida das ligações terrenas para compreendê-la; porém, afastam-se daqueles que são animados apenas pela curiosidade ou que, por influência da matéria, transviam-se da prática do bem.

Quando excepcionalmente se encarnam na Terra, é para nela cumprir uma missão de progresso e então nos oferecem o tipo da perfeição a qual a humanidade pode aspirar neste mundo.

PRIMEIRA ORDEM — ESPÍRITOS PUROS

112. Características gerais — Nenhuma influência da matéria. Absoluta superioridade intelectual e moral em relação aos Espíritos das outras ordens.

113. Primeira classe. Classe única — Eles já percorreram todos os graus da escala e se depuraram de todas as impurezas da matéria. Tendo alcançado a soma de perfeição de que a criatura é capaz, estes não têm mais que sofrer nem provas nem expiações. Não estando mais sujeitos à reencarnação em corpos perecíveis, realizam a vida eterna no seio de Deus.

Desfrutam de uma felicidade inalterável, porque não estão sujeitos nem às necessidades nem às vicissitudes da vida material; contudo, essa felicidade não é aquela de uma ociosidade monótona passada em uma perpétua

contemplação. Eles são os mensageiros e os ministros de Deus, cujas ordens eles executam para manutenção da harmonia universal. Comandam a todos os Espíritos que lhes são inferiores, ajudam-lhes a se aperfeiçoarem e lhes designam suas missões. Auxiliar os homens nas suas aflições, incentivá-los ao bem ou à expiação das faltas que os distanciam da suprema felicidade: eis para eles uma grata ocupação. São chamados às vezes pelos nomes de anjos, arcanjos ou serafins.

Os homens podem entrar em comunicação com eles, mas seria muito presunçoso aquele que pretendesse tê-los constantemente às suas ordens.

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Progressão dos Espíritos

114. Os Espíritos são bons ou maus por natureza, ou são eles mesmos que se melhoram?

“São os próprios Espíritos que se melhoram: em se melhorando, eles passam de uma ordem inferior para outra mais elevada.”

115. Entre os Espíritos, uns terão sido criados bons e outros maus?

“Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, isto é, sem conhecimento. A cada qual ele deu uma missão com a finalidade de lhes esclarecer e de lhes fazer chegar progressivamente à perfeição pelo conhecimento da verdade e para lhes aproximar dele. A felicidade eterna e sem perturbação para eles está nesta perfeição. Os Espíritos adquirem esses conhecimentos passando pelas provas que Deus lhes impõe. Uns aceitam essas provas com submissão e chegam mais rapidamente à meta que de sua destinação; outros, só não se submetem a elas senão com lamentação e, por causa dessa falta, permanecem afastados da perfeição e da prometida felicidade.”

115-a. — De acordo com isso, os Espíritos seriam, em sua origem, semelhantes às crianças, ignorantes e inexperientes, mas adquirindo pouco a pouco os conhecimentos que lhes faltam, percorrendo as diferentes fases da vida?

“Sim, a comparação é boa. A criança rebelde se conserva ignorante e imperfeita; ela se desenvolve mais ou menos conforme sua docilidade; mas a vida do homem tem um fim, enquanto a dos Espíritos se prolonga ao infinito.”

116. Há Espíritos que permanecem perpetuamente nas faixas inferiores?

“Não; todos se tornam perfeitos; eles mudam de ordem, mas é devagar, pois, como já dissemos de uma outra vez, um pai justo e misericordioso não pode banir seus filhos eternamente. Vocês, porventura, querem que Deus —

tão grande, tão bom, tão justo — fosse pior do que vocês mesmos?”

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117. Depende dos Espíritos acelerar seu progresso rumo à perfeição?

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